O preto,
Vazio.
Comigo cheio,
desculpado e entediado
Pelas portas
Que não se abrem,
porque nunca estiveram fechadas.
Invisivel e sem espelho.
Dada,
a sorte mata-me,
a sorte empurra-me,
a sorte não me foge.
À sorte,
não a deixo alcançar o que é meu.
E agora quero que se fechem as portas.
E que me dêm uma bandeira com o nome do meu país,
Quero que me façam uma história,
Que me façam aprendê-la,
E me façam odiá-la para não esquecer.
Sirvo para quase nada.
Vou contar estrelas,
as que tenho no céu do meu quarto.
Quando chegar ao fim,
Vai estar tudo preto,
vazio,
comigo cheio, desculpado e entediado
E eu vou estar a dormir
Para voltar a viver, amanhã.
.yan
3 comentários:
Quem gostou fui eu, e vou definitivamente passar por aqui mais vezes.
Podes considerar-te observado. (Ah, e não de uma maneira estranha e psicopata)
*
«Pelas portas
Que não se abrem,
porque nunca estiveram fechadas.»
Talvez aí resida grande parte dos meus problemas. Espero por oportunidades, pensando que elas é que se fazem mostrar, esquecendo que elas também esperam por mim. Que nunca fogem, porque nunca aparecem... só esperam que as queira. Eu crio bloqueadores. Eu.
"Dada,
a sorte mata-me,
a sorte empurra-me,
a sorte não me foge.
À sorte,
não a deixo alcançar o que é meu."
5*
Um beijo***
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