20070828

interrompo-me

estava a ler umas cartas , agora mesmo. dei conta que disse a alguém :
- é complicado arranjar forças para um amo-te no meio da morte.
isto a proposito de umas cartas que um sujeito ia escrevendo á sua mulher durante o ultramar
e pergunto-me agora :
- e amo-te no meio de tanta vida?
a sério. não compreendo. não estou louco, talvez em baixo, triste. a solidão torna-nos tenrinhos como um quinhão de carne fresca e eu não estou sozinho. pelo contrário, sei bem que o que faço está rodeado de gente pronta a julgar, a comer e a vomitar.

Sinceramente, com tanta má vida á minha volta custa-me imaginar que consigas entrar aqui e ouvir o que tenho para te dizer. Quero estar sozinho, contigo.