20061216

Estava quase, quase, quase deitado na cama a beber café e a ver televisão.
Quase, mesmo quase a entornar o café na cama...
E as bolachas, comia-lhes as migalhas para não ter que as limpar .
Quase pensava,e nisto ,quase virava um pedaço de pó que me caía do ouvido.
E o sangue... Corria de um lado para o outro do meu corpo, eu ,com medo de o entornar pedi ao coração que parasse de bater.
Estava tudo um caos e tudo prestes a rebentar, a explodir, implodir...
Mas não sujei nada...
Não sujei mesmo nada, EU não sujei nada !
E tu vens , apareces e morres(-me) no chão.

Porque é que fizeste isso? O que é que eu te fiz?

Não me lembro. Cabra, deixa-me morrer á vontade, meio nu ou meio vestido.
Leva-me a mão e foge, não se extingue a vontade que tenho de morrer à vontade.
Tenho as flores que preciso em tudo o que me faz falta por isso não te deixes ficar no meu chão!
Vou passando e passeando porque o comboio não passa ,corre, lá.
Não quero ficar mas não quero fugir.
Se tiveres 10 segundos dou-te o resto do corpo, do teu corpo.
Tenho vergonha de ti, puta.
Que história vou eu contar aos meus netos?
Eu acho que sou uma nódoa mas vai te embora!
Desaparece e deixa-me respirar.
Olha o que fizeste!
Se não me deixas morrer á vontade pelo menos morre longe.
Sujaste-me o chão .
Eu pedi-te para me levares a mão... não para me caires na faca.

.yan

5 comentários:

Anónimo disse...

eu deixo te uma flor, pk gosto de flores.

paperdoll disse...

"dá-me a tua melhor faca, para cortarmos isto em dois. e amanhã esquecer."

algo nas tuas palavras me fez lembrar estas.

*

Anónimo disse...

É o meu texto favorito ^^

Anónimo disse...

Meu (teu)

Ana ou Bá disse...

este foi sempre o meu preferido