bebo só
para engordar
enquanto desço
o sol
e o fumo dá nós em direcção ao tecto
e morre na antagonia da gravidade
para engordar
nesta estação
e não levantar a cada onda
os meus pés que custam
o mundo inteiro
a cair
e vejo miudos
que beijam as mães
as mesmas
que na noite anterior
e em todas as noites do futuro
até q a morte engorde e morra
enfiam gentilmente
todas as vontades
gentilmente
gentilmente
pelo cu a cima
numa espécie de dupla penetração
que embala a noite dos seus maridos
que num sopro pequeno de obeso cansado
adormecem depois
e vejo que descem como eu
o sol
e o fumo continua a dar nós
em direcção ao tecto
e a fugir ao mais pequeno sopro
da boca das esposas cansadas
num beijo de tédio e promessa
enquanto que no fundo do mundo
alguém guarda
com as mãos abertas
e uma lágrima fácil atenta
os corvos negros ( da doença )
que todas as noites desejam
gentilmente
gentilmente
penetrar os pulmões
de
dois ou três
cabrões.
6 comentários:
também és um cabrão, oh irmão! com todo o carinho.
gentilmente
gentilmente
tudo neste mundo se parece conseguir.
olá tiago
em breve espero voltar a santa maria, mesmo!
e eu ia dizer a mesma coisa que a truta. com gentileza conseguesse sempre tudo. oou quase tudo.
Gostei especialmente da ultima parte.
Porque escreves entao? :)
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