20080821

caminho, a luz na minha sombra
arranha-me os passos nas noites em q não sei deles
oscilo como se procurasse um caminho nestas praças
que não vêm os dias, nem a lua, nem o sol
e as estrelas são pontos sacudidos à toa no céu, de q me servirão elas?
a mim q não tenho para onde ir mas q mesmo assim caminho
impulsivamente ao ombro de um arco de fogo
que me vai saindo da cegueira e q me guia
segurando-me pelas pontas da fuga
o eterno medo de sentir essas notas
q te saem dos dedos e q me atravessam
da unica forma q me faz ver as coisas da maneira
como os olhos se usam no afloramento da visão.
e eu continuo, caminho na guarda de um novo dia
esperando outra luz que me preencha pq nos meus braços
nenhuma outra ousou caminhar desde q deixei de erguer
o meu caminho pelos braços dos teus olhos.

1 comentário:

a(muse) disse...

Adoro encontrar sentimentos que eu julgava pertencerem-me em textos sem título.

Para deixar que alguém nos guie, é tão conveniente - e convidativo - ser cego.