20080313

assim te chegam as mãos à garganta. os ossos a gritar lascas de dor e frio. a tua caraa ser um vaso de sangue pronto a partir. assim te matam esses lugares de cegueira tãocomuns em gente como tu. os teus pés, as tuas pernas, todo o teu corpo. todo o teu corpoa implodir num pólen amargo ao nariz: assim te chegam as imagens da morte enquanto bates o ar com as pernas e com as mãos e com o caralho das partes do teu corpo queviolei e mesmo assim desconheço. és mesmo, juro que és, palavra de honra se não és,uma cabra do pior, não me canso nunca de o repetir. é que se falasses comigo agora,mas nem isso, nem és capaz de me pedir ajuda. nem de me pedir para parar, o que raioassim... assim nem vale. fazes-me sentir sujo, imundo. fazes-me mal. mas acredita em mim,amanhã choro, abraço os teus pais, que abominável acontecimento senhor Mozel, que tristezatão grande e escura senhora Sara, deixo-te a merda de uma flor na merda do cemitério,digo-te adeus e deixo-te sozinha do mesmo modo cru que usaste para me matar a mim e de nós perpetuará no tempo o teu silêncio, as tuas trevas, as minhas mãos na tua garganta, a tua saliva nas minhas mãos, o teu olhar de menina no escuro, a tuacara lindíssima e as personagens que criamos de propósito do endiabrado sopro das nossas tristezas para imitar, sem eficácia, e ineficácia da felicidade.

4 comentários:

Cavaleiros do Apocalipse disse...

Às vezes, ponho-me a falar contigo na sala enquanto bebo o meu chá. Falamos de Deus, de algodão doce e de nós. Têm tanto em comum.
Falamos durante minutos, ou horas, que diferença faz?
Depois apercebo-me que imagino tudo. Sinto a tua falta.

Anónimo disse...

so para deixar um beijinho, ando com pouca paciência pa visitar os blogs vizinhos...


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.diana.alves. disse...

Estonteante. 'Só' isso.

Anónimo disse...

ia comentar o post de cima mas é tao intimo q achei melhor nao. é uma coisa tua e do amor :)