um pingo de ácido
no acrílico da tua lágrima
amortecendo o pecado
nestes lençóis
ergue-se no espelho
uma multidão
um motim
um rio um mar
contra mim
meu corpo
tão meu
pintado
no céu
que termine a inocência
no espaço vazio
entre nós
essa indiferença que se levanta
entre o reflexo e a carne
não pode mais ser
tão clara quanto eu turvo
um pingo de ácido
lacrando o meu amor
por mim
de repente
enquanto moribundo o mundo olha
ergue-se no espelho
um novo corpo
imortal
e agora que falo só para nós
vai ser tão difícil perceber
como ver o sol rir ao luar
a morte de amanhã
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