20080130

vamos morrer
assim como antes
no teu cabelo
num momento eterno do teu cabelo

ou em toda a extensão
de prado
da tua pele

ou em toda a lânguida
e veloz
vertigem
das tuas mãos na minha cara

ou no despir
abandonado
de uma lágrima

vamos morrer
assim
como antes
no silêncio:
a beleza serena
da violência
e das coisas cruas,
o vulto de lamina
do frio

vamos, amor
desaparecer
vamos os dois para perto
do fim
vamos, como dantes
assim, suavemente
morrer.

9 comentários:

Anónimo disse...

tinha saudades da forma bonita como escreves :)
*

Tiago disse...

Foda-se, este está mesmo bonito.

Mónica disse...

Concordo em absoluto. :)

Anónimo disse...

Oh Tiago, bolas, que tu és não-romântico, romântico de merda. Fogo... Mesmo bonito. mesmo mesmo bonito.

vinte abraços em divida.

Anónimo disse...

ho, porra nao me digas, nao me digas que nao es o melhor! Que coisa bonita. Es deus nao es? :)

telma disse...

está tao fantástico. porra. esta ultima estrofe está divinal.

telma disse...

ah e parabéns (acho eu :P)

Vanda Maio disse...

Parabéns.
Escreves muito bem

Someone disse...

Adoro a ultima parte :)